Acabamos de retornar as nossas casas, depois de cinco dias (02 a 07 de abril) “mergulhados” na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá (SP). É dificil por no papel o que acontece na alma de quem faz essa experiência. Ali mergulhamos num mistério profundo, em que nos deparamos com a dor daqueles que foram descartados pela sociedade ou dela se afastam por força da dependência química. Mas ali a dor é a ponte para a passagem da morte para a vida. Essa passagem se faz pela vivência da fraternidade, inspirada na Palavra de Deus.
Para nós, psicólogos e médicos (nossa profissão nos coloca em contato com a dor de cada pessoa que nos procura), essa imersão na Fazenda da Esperança nos ajuda compreender e a descobrir, concretamente, que o ser humano pode encontrar sentido no sofrimento e que a dor pode ser o caminho para o amadurecimento e a libertação.
As palavras “dor”, “sofrimento”, aparecem váriás vezes nesse pequeno texto. Entretanto, lá na Fazenda, elas só aparecem para que resplandeçam outras realidades: “superação”, “alegria”, “fraternidade”, “Deus-Amor”.
Foi nesse contexto que se realizou o 26º encontro do ICaPP, em que pudemos trabalhar vários temas de antropologia teológica, filosofia, psicologia, projetos do nosso instituto, além de termos feito alguns atendimentos com supervisão. Foi tão bom e proveitoso que já agendamos o próximo encontro, que deverá acontecer no final de agosto, início de setembro deste ano.
Ismael José Vilela