E O AMOR! POR ONDE ANDARÁ?

Dr. Ismael José Vilela

Essa foi a pergunta que fiz a mim mesmo num dia desses, depois de ter assistido um telejornal. Sem ser pessimista e sem me sentir derrotado e desanimado, surgiu a pergunta: Onde está o Amor? Ainda existe Amor? O que está acontecendo com as pessoas?

O ser humano é capaz de amar. Existe até um livro de um autor italiano, Pasquale Ionata, cujo título é:  “Nascidos para amar”, em contraposição ao filme: “Nascidos para vencer”. Amamos, mas não somos o Amor, que tem propriedades infinitas. Quando amamos ultrapassamos os limites do humano, transcendemos para além de nós mesmos. O Amor está em nós, ainda que não sejamos o Amor.

Uma olhada geral sobre as notícias foi suficiente para despertar a pergunta inicial: E o Amor! Onde está? A própria pergunta já sugere uma certa descrença em relação ao Amor.  Passamos a duvidar dele e aí somos levados a reforçá-lo com algo que é nosso, mas não é o Amor. Queremos que o Amor dê resultado, ou em nós ou na pessoa que amamos. Maculamos o Amor com uma gotinha de egoísmo. Tiramos-lhe a gratuidade. Mesmo que o resultado esperado seja o bem do outro, há aí algo que não é Amor, mas sim autossatisfação.

Há vínculos que requerem o Amor gratuito, Amor puro. Por exemplo: o vínculo entre cônjuges, entre pais e filhos, entre filhos e pais, entre irmãos, entre amigos. Se estas relações estiverem marcadas pelo Amor-gratuidade, os outros vínculos se impregnarão também da mesma característica.

Esta é uma lógica que supõe uma certa dose de heroísmo, pelo menos no início. Não é fácil abrir mão do resultado. Supõe uma certa vigilância sobre nós mesmos e até algum treinamento. Por outro lado, resulta numa sensação de liberdade interior que vai nos capacitando a amar só mesmo pelo Amor. Afinal de contas, o Amor quer ser amado pelo que ele é.

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