*Por Rosimeire de Assis Silva Mariano

Mãe é o máximo da experiência do que é o amor, a doação. A exemplo de Nossa Senhora, que a todo instante advoga, intercede por nós, assim também é o coração de uma mãe, que está sempre conectada com seu filho, comunicando sabedoria em silencio! Mãe admirável, mãe amável, sinônimo de respeito, amor e serviço. Ela encontrou graça diante de Deus pela força das suas orações e pela grandeza de suas virtudes. “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre” (Lc 1,42).
Assim são as mães, que acalmam, que nutrem e que sustentam com um amor que ultrapassa os limites naturais, com uma plena disposição para doar a vida. Mãe, que antes de pensar nela pensa no filho, pois possui esse dom de amar sem limites. Amor que é desinteressado, que perdoa sempre, que tudo espera, pois as mães possuem o amor mais semelhante ao Amor Divino.
Mãe, sinônimo de fortaleza e mansidão. Quanta coragem, quanto calor, quanto amor. Viver a maternidade, em sua plenitude, é deixar-se envolver-se por um amor ardente, é renunciar a si mesmo, é sair de si para amar, para servir, para desculpar, para esperar… Em Maria, encontramos a mãe referência e fonte de inspiração, luz e conforto.
O amor de uma mãe perfuma tudo de misericórdia. O amor de uma mãe é algo que vai sempre além de qualquer situação dolorosa ou condição penosa em que seu filho se encontre. Educa e, quase sempre, participa tão diretamente do mundo de seu filho que tanto ama, sem nunca entrar diretamente nesse mundo. No que é tangível aos seus olhos, muitas vezes, o caminho trilhado pelo filho é por ela desconhecido, mas está sempre com a disposição de ir a esse encontro, mesmo sem ter a certeza de onde esse caminho a levará.
Toda mãe dá o seu melhor, mesmo sabendo que não tem o controle dos fatos e das circunstâncias. Em muitas mãezinhas é possível ver a fé inabalável de Maria e o coração cheio de alegria, na certeza de que são instrumentos nas mãos de DEUS para realizar o seu projeto “crescei e multiplicai” (cf. Gn 1,28).
Que nunca falte às mulheres a valentia e a coragem para conquistar o caminho da maternidade, para mudar a rotina para sempre, colocar toda a energia e disposição em Deus. Dando o sim à maternidade, assim como Maria nessa entrega genuína, permitindo que se contempla em cada mulher a bravura emocional e espiritual.

Mães ousadas, corajosas, fortes. Mães que enxergam com os olhos do coração. Sim, há momentos em que as mães se sentem confusas e sem uma direção clara, mas estão sempre dispostas a aprender, abrindo os olhos do coração em cada situação complexa, procurando por respostas para as muitas situações inesperadas, que aparecem nesse caminhar, nessa embarcação.
Mãe, que a serenidade e o caminho sejam fonte de irrigação em cada lar, fonte de luz nesse projeto divino da criação. Que assim como Maria, que mesmo com seu corpo ferido por todas as dores que passou, tenhamos nossa mente inebriada de ternura e de uma fé inabalável.
Ser mãe é ser pequenas Marias, viver com muita vigilância e um olhar atento aos dons que Deus concedeu. A maternidade é uma vocação dada às mulheres por Deus. Por isso, é preciso estar atenta às orientações que Deus dá para bem assumir esse chamado, que exige cuidar, conservar, alimentar, promover o crescimento espiritual.
Toda mulher tem em sua alma um desejo genuinamente maternal. Por isso, a mãe está sempre disposta a dividir a vida e, assim como Maria, com um amor desinteressado e que nunca teve em seu coração o filho como sua propriedade. Mãe é aquela que está sempre por perto do filho, nas alegrias, nos sofrimentos, nos pequenos e nos grandes momentos, vivenciando a experiência que transforma a vida da mulher ao aceitar a vontade de Deus. Ser mãe é comungar de uma consciência profunda e de uma capacidade de enxergar o extraordinário na simplicidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
– CHIARA, Lubich. Maria. Editora Cidade Nova.
– STEIN, Edith. A mulher – Sua missão segundo a natureza e a graça.
Parabéns a autora desse lindo e tocante texto.