Se você é sensato, deve fazer como a taça e não como o canudo, que recebe algo e quase ao mesmo tempo passa logo para a frente; já a taça espera até que fique repleta.
Desse modo ela dá o que transborda, sem nenhum prejuízo.
Você deve aprender a derramar só quando estiver pleno, e não queira ser mais generoso que o próprio Deus.
A taça faz como a fonte: só quando está repleta derrama a água para formar o rio ou o lago.
Você deve fazer o mesmo: primeiro encher-se; depois, derramar.
O amor benevolente e sábio se plenifica e não se esvazia.
Eu não quero ficar rico às custas do seu esvaziamento.
Porque, se você trata mal a si mesmo, com quem você vai ser generoso?
Se você pode, de-me de sua plenitude; se não, guarde para si mesmo, até ficar repleto.”
(São Bernardo de Claraval).