Corpus Christi 

Celebramos nesta quinta-feira, 30 de maio, a solenidade de “Corpus Christi”. É uma festa que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia. A origem da solenidade remonta ao século XIII e foi Instituída pelo Papa Urbano IV (1262-1264), através da bula “transiturus”, de 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na Quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade. 

Essa solenidade visa evidenciar e enfatizar a presença real do Senhor Jesus no pão e no cálice consagrados. Após a consagração na missa, Jesus se torna sacramentado. O dia de “Corpus Christi” para meditarmos sobre o valor e a importância da Eucaristia em nossa vida. 

Acompanhemos uma meditação do Papa Bento XVI sobre a importância e o valor da Eucaristia:  

Ajoelhar perante o Senhor 

“Por fim, temos o ajoelhar perante o Senhor, a adoração. Porque o Senhor está realmente presente na Eucaristia, a adoração fez sempre parte desta festa. Mesmo que esta forma de celebração só se tenha desenvolvido na Idade Média, não se trata de uma mudança ou desvio, mas a valorização de algo que sempre esteve presente, Na verdade, se o Senhor se dá a nós, recebê-lo só pode significar prostrar-se, glorificar e adorar o Senhor. 

Dobrar o joelho numa atitude de obediência, mesmo hoje, não vai contra a dignidade, a liberdade e a grandeza do ser humano. Quando o negamos e deixamos de o adorar, só nos resta a eterna necessidade da matéria. Então somos verdadeiramente escravos, um grão de poeira que, arremessado no grande moinho do universo, em vão procura conquistar a liberdade. Só se Ele for o criador, então a liberdade é o fundamento de todas as coisas e nós podemos ser livres. A nossa liberdade não é anulada quando se prostra perante Ele, antes é verdadeiramente assumida e torna-se definitiva. Mas neste dia há algo mais. Aquele que nós adoramos, não um poder distante. Ele mesmo se debruçou sobre nós para nos lavar os pés. Isto transforma a nossa adoração em liberdade, em esperança e alegria, porque nos prostramos perante aquele que se debruçou a si mesmo. Debruçamo-nos sobre o amor, que não escraviza, antes transforma 

Peçamos ao Senhor, que nos conceda tal conhecimento e tal alegria, para que nós, a partir deste dia, possamos ser luz para a nossa terra e para o nosso tempo”. 

(BENTO XVI, Cardeal Ratzinger. “Esplendor da glória de Deus: meditações para o Ano Litúrgico”, pág. 137). 


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