Maria: Mãe e discípula de seu filho, Jesus 

Maio é, tradicionalmente, o mês das mães, das noivas e também o mês de Nossa Senhora. Um mês marcado pela ternura que é própria das mães e, especialmente, da Mãe das mães: Maria.

Maria elevou a maternidade a máxima dignidade ao ser escolhida para gerar e ser a mãe de Jesus. Deus poderia ter escolhido algum jeito mais miraculoso para enviar seu filho ao mundo, afinal, ele é Deus todo poderoso. Mas não, ele quis que o seu Filho viesse ao mundo como todos nós, que sua vida humana fosse gerada no ventre de uma mãe, que enfrentasse a dor do nascimento, seguido do aconchego do colo e da ternura de uma mãe.  

Deus concedeu à jovem menina, Maria, a vocação da maternidade e ela a viveu desde aquele primeiro sim, que disse temerosa ao anjo Gabriel, até o último sim doloroso, aos pés da cruz. Com esse último sim, sua vocação foi transformada e ressignificada: agora, além de mãe dos discípulos de Jesus, ela também se tornava sua discípula.      

Quando olhamos para Maria, podemos enxergar essa dupla vocação: mãe e discípula. Mãe, pois ela cuidou de seu filho, desde o momento em que foi gerado em seu ventre, e o acompanhou ao longo de toda a vida, até seu último suspiro na cruz. Discípula, pois aos pés da cruz, quando Jesus lhe diz: “eis o teu filho”, entregando-lhe o discípulo que lá estava, ela assume a missão de ser mãe de todos os discípulos de Jesus e ela mesma se torna sua discípula.  

No Pentecostes, evento que marca o nascimento da Igreja, Maria estava reunida com os apóstolos no Cenáculo (At 1,14). Ela é testemunha desse momento fundante e, por isso mesmo, recebe o título de “Mãe da Igreja”, que reforça sua posição não apenas como mãe de Jesus, mas também como discípula fiel de Jesus, após sua Ressurreição.  

Diante dessa reflexão, podemos nos questionar ainda: será que Maria se tornou discípula somente após a morte e ressurreição de Jesus? Ou será que naquele primeiro “sim” já não nascia essa dúplice vocação de mãe e discípula? Sendo a primeira a acolher Jesus neste mundo, podemos pensar que ela foi sim, além de sua mãe, a sua primeira discípula.  

Que neste mês de maio, busquemos, com mais intensidade, a ternura e o colo acolhedor de nossa mãe Maria, e também a coragem renovada para permanecermos com Jesus, sendo seus discípulos fiéis.  


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